A liturgia do 31.º Domingo do Tempo Comum convida-nos a abrir o coração ao amor. O amor liberta-nos dos círculos fechados que nos impedem de crescer e de construir uma vida com sentido; o amor permite-nos viver em comunhão com Deus e com os irmãos que a vida coloca ao nosso lado.
A primeira leitura apresenta-nos o início do “Shema’ Israel”, a grande afirmação de fé que todo o israelita piedoso fazia duas vezes por dia. Lembrava que Deus era o centro fundamental à volta do qual se articulava e construía toda a vida do crente; e convidava o israelita fiel a responder à ação salvadora desse Deus com uma entrega total, uma dedicação completa, um amor sem limites e sem condições.
No Evangelho, Jesus define o princípio que deve orientar a vida e o compromisso dos seus discípulos: o amor. Esse princípio, raiz fundamental da existência cristã, concretiza-se em duas vertentes: como amor a Deus e como amor ao próximo. Quem ama Deus escuta as suas palavras, vive de acordo com as suas indicações, procura concretizar o seu projeto para o mundo e para os homens; e ao mesmo tempo, contagiado por Deus, acolhe e cuida, com solicitude e amor, dos irmãos que encontra no caminho. Essa é, segundo Jesus, a única forma de dar sentido à própria existência.
Na segunda leitura, um catequista cristão fala de Cristo como o sumo-sacerdote perfeito, que ofereceu no altar da cruz o sacrifício da sua própria vida. Com a sua entrega, Cristo cumpriu o plano do Pai e mostrou o seu amor a Deus; apresentando-se diante de Deus com esse dom, tornou-se intercessor dos seus irmãos e mostrou também o seu amor aos homens.
Sacerdotes do Coração de Jesus – Dehonianos – Portugal
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