(…) A Sexta-Feira Santa, que comemora os eventos que vão da condenação à morte até à crucifixão de Cristo, é um dia de penitência, de jejum e de oração, de participação na Paixão do Senhor.
Na hora estabelecida, a Assembleia cristã percorre, com a ajuda da Palavra de Deus e dos gestos litúrgicos, a história da infidelidade humana ao desígnio divino, que contudo se realiza precisamente assim, e ouve de novo a narração comovedora da Paixão dolorosa do Senhor.
Dirige depois ao Pai celeste a longa “oração dos fiéis”, que inclui todas as necessidades da Igreja e do mundo.
Em seguida, a Comunidade adora a Cruz e aproxima-se da Eucaristia, consumando as espécies sagradas conservadas da Missa in Cena Domini do dia anterior.
Ao comentar a Sexta-Feira Santa, São João Crisóstomo observa: “Primeiro a cruz significava desprezo, mas hoje é esperança de salvação. Tornou-se verdadeiramente fonte de bens infinitos; libertou-nos do erro, dissipou as nossas trevas, reconciliou-nos com Deus, transformou-nos de inimigos em seus familiares, de estrangeiros em seus próximos: esta cruz é a destruição da inimizade, a fonte da paz, o cofre do nosso tesouro” (De cruce et latrone I, 1, 4). (…)

Bento XVI – Audiência Geral das Quarta-Feira de 7 de Abril de 2007
Categorias: Liturgia